domingo, 3 de julho de 2011

CRASH NO LIMITE


Título original: (Crash)
Lançamento: 2004 (EUA)
Direção: Paul Haggis
Atores: Karina Arroyave, Dato Bakhtadze, Sandra Bulloc, Don Cheadle.
Duração: 113 min
Gênero: Drama


Resenha Crítica



Esse filme é muito bom, recomendo a todos que estão interessados em um drama da vida real, Percebemos em cada um dos 7 personagens envolvidos um relativismo sociológico e cultural que vem carregados de preconceitos.
Os problemas sociais levantados no filme estão associados aos ódios racial, cultural e xenófobo existentes na sociedade capitalista norte-americana, estes estão presentes na construção da individualidade e em ações do cotidiano. Conforme a apresentação em Crash, apesar de as pessoas tentarem ocultá-los, com a velocidade da vida moderna, em algum momento, todos perdemos o controle e acabamos por reproduzi-los e perpetuá-los.
Nas cenas da mulher do ministro apesar de vivermos em uma sociedade com aspectos do universalismo formal, onde todos estão submetidos as mesmas regras, ao olhar para os negros na rua ela já assimila que são ladrões e eles por sua vez apanham aquele olhar e refletem em uma violência, depois do fato passado com os negros quando um latino vai consertar a sua porta ela age com o mesmo preconceito, este era apenas um chaveiro fazendo seu trabalho. Também devemos este fato, pois o filme está plantado no pós 11 de setembro, onde descrentes do governo Bush o aumento da sensação de insegurança e preventivos contra “negros” e “imigrantes”, assim como entre negros e imigrantes, que também definem distinções sociais entre si conforme a sua maior ou menor eficácia de aproximação em relação ao modelo “branco” de classe média próspera e letrada.
De modo bastante interessante o filme trabalha a complexidade do ser humano, revelando suas contradições e suas diferentes atitudes quando sujeito a um determinado momento ou situação histórica. O seu principal objetivo é nos conduzir a pensar sobre os preconceitos existentes no mundo moderno. O silêncio ao qual estamos habituados sobre esses fatos ilude a ponto de fazer supor que eles não existem ou que não possuímos responsabilidade sobre eles; assim, equivocadamente, passa-se a acreditar que eles são valores naturais aos seres humanos

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